As casas “zumbi” ou ゾンビハウス, é um termo frequentemente usado para descrever as casas antigas abandonadas no Japão. Dados do governo indicam que uma em cada sete residências estão vazias ou foram simplesmente abandonadas. Apesar da queda populacional e das previsões apocalípticas das estatísticas de natalidade, a desocupação habitacional recente é causada pelo alto custo de demolição e reforma de casas antigas.
A grande maioria das casas desocupadas foram construídas na década de 1980, onde usava-se madeira, gesso e alumínio como principais materiais de construção. Na época, as residências eram projetadas para durarem cerca de 30 anos, e como os números mostram, muitas residências já estão com o “prazo de validade” vencidos.
Com a evolução dos projetos arquitetônicos e descoberta de novos materiais duráveis, como fibra de vidro e resina plástica, as residências construídas depois do ano de 2.000 tiveram um aumento da vida útil para 70 anos. Como resultado, é fácil notar a grande diferença arquitetônica entre as casas de bairros que prosperaram na década de 80.
Algumas casas mais antigas, até centenárias, são simplesmente abandonadas pelos herdeiros após a morte de seus proprietários. Muitos municípios do interior do Japão não conseguem encontrar os herdeiros de certos imóveis em ruínas.
Enquanto boa parte do mundo tenta achar soluções para construir mais residências, o Japão vai em direção oposta e tenta achar uma saída para demolir ou reformar as suas “casas zumbi”. Segundo o governo, se nenhuma ação for tomada, 20% das áreas residências do Japão se tornaram cidades-fantasma até o ano de 2050.
Demolir uma residência no Japão custa caro, variando de ¥500 mil a ¥4 milhões. Manter um terreno vazio também pode ser desvantajoso para os proprietários. Em algumas cidades, o imposto territorial é seis vezes maior em terrenos vazios.
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